Por Prof. Mauricio dos Santos
Residir em áreas próximas a parques e áreas verdes tem sido associado com um estilo de vida ativo do que onde estas características não existem. Nos Estados Unidos o New Urbanism Smart Scorecard (modelo de arquitetura urbana) foi criado para dar sustentabilidade às comunidades, reduzir a expansão indiscriminada, reduzir a destruição de áreas verdes e também para permitir que a caminhada faça parte da rotina dos moradores.
De acordo com alguns critérios estipulados pelos criadores deste design, as pessoas tendem a caminhar mais dependendo de alguns itens, por exemplo, densidade de moradias, uso misto da área, disposição das ruas e tamanho dos quarteirões.
As características do local são classificadas em excelente, preferido, aceitável, mínimo ou não se aplica para várias comparações, entre elas o uso da caminhada na vinhança.
Utilizando este modelo de ambiente construído, Rob Bôer e colaboradores investigaram o padrão de caminhada em dez áreas metropolitanas dos Estados Unidos de acordo com a arquitetura ambiente. As cidades investigadas foram: Boston, Chicago, Dallas, Detroit, Houston, Los Angeles, New York, Philadelphia, San Francisco e Washington.
Além das quatro características do New Urbanism Smart Scorecard citada acima, foram incluídas mais duas que não faziam parte deste modelo, sendo a média de idade da vizinhança e a disponibilidade de estacionamentos nas ruas.
As informações foram obtidas da Pesquisa Nacional de Transporte Pessoal de 1995, que incluiu 42.033 residências dos Estados Unidos. As 10 áreas metropolitanas foram elegíveis de acordo com o Censo de 2000.
Os resultados indicaram que a caminhada associava-se com quarteirões que mantinham entre 600 a 804 passos, com Odds Ratio de 1,26 (IC 1.04-1.52), porém este resultado não esta de acordo com o New Urbanism Smart Scorecard pois, este modelo sinaliza que a caminhada é mais utilizada na vizinhança em quarteirões com menos de 600 passos. Com relação ao número de comércio na vizinhança, os autores identificaram que 4 tipos diferentes de comércio quando comparado a 3 tipos estimularia a caminhada OR 1,24 (IC 1.11-1.39), mais do que este número não houve associado com aumento da caminhada. Intersecção entre quatro vias também indicou maior vantagem para caminhada. Em áreas com menor percentual das intersecções, entre 25% a 49% da área o OR aumentou a utilização da caminhada em 36% quando comparado ao menor percentual, o que correspondia a 0 a 24% a área com intersecções. O maior valor encontrado para esta característica foi na comparação entre 25% a 49% e 50% a 74%. Esta comparação resultou em OR de 1,38 (IC1.09-1.75) a favor da faixa de maior percentual.
Os autores concluíram que maior diversidade de área comercial e maior percentual de intersecção foi associada a mais caminhada. Além disso, alguns critérios, mas não todos, do New Urbanism Smart Scorecard podem associar-se a maior utilização da caminhada.
Referências
New Urbanism Smart Scorecard. www.cnu.org/cnu_reports/Scorecard_exp.pdf.
Boer R; Zheng Z; Overton A; Ridgeway GK; Cohen DA. Neighborhood design and walking trips in ten U.S. metropolitan areas. Am.J.Prev.Med. 2007;32(4):298-304.
Residir em áreas próximas a parques e áreas verdes tem sido associado com um estilo de vida ativo do que onde estas características não existem. Nos Estados Unidos o New Urbanism Smart Scorecard (modelo de arquitetura urbana) foi criado para dar sustentabilidade às comunidades, reduzir a expansão indiscriminada, reduzir a destruição de áreas verdes e também para permitir que a caminhada faça parte da rotina dos moradores.
De acordo com alguns critérios estipulados pelos criadores deste design, as pessoas tendem a caminhar mais dependendo de alguns itens, por exemplo, densidade de moradias, uso misto da área, disposição das ruas e tamanho dos quarteirões.
As características do local são classificadas em excelente, preferido, aceitável, mínimo ou não se aplica para várias comparações, entre elas o uso da caminhada na vinhança.
Utilizando este modelo de ambiente construído, Rob Bôer e colaboradores investigaram o padrão de caminhada em dez áreas metropolitanas dos Estados Unidos de acordo com a arquitetura ambiente. As cidades investigadas foram: Boston, Chicago, Dallas, Detroit, Houston, Los Angeles, New York, Philadelphia, San Francisco e Washington.
Além das quatro características do New Urbanism Smart Scorecard citada acima, foram incluídas mais duas que não faziam parte deste modelo, sendo a média de idade da vizinhança e a disponibilidade de estacionamentos nas ruas.
As informações foram obtidas da Pesquisa Nacional de Transporte Pessoal de 1995, que incluiu 42.033 residências dos Estados Unidos. As 10 áreas metropolitanas foram elegíveis de acordo com o Censo de 2000.
Os resultados indicaram que a caminhada associava-se com quarteirões que mantinham entre 600 a 804 passos, com Odds Ratio de 1,26 (IC 1.04-1.52), porém este resultado não esta de acordo com o New Urbanism Smart Scorecard pois, este modelo sinaliza que a caminhada é mais utilizada na vizinhança em quarteirões com menos de 600 passos. Com relação ao número de comércio na vizinhança, os autores identificaram que 4 tipos diferentes de comércio quando comparado a 3 tipos estimularia a caminhada OR 1,24 (IC 1.11-1.39), mais do que este número não houve associado com aumento da caminhada. Intersecção entre quatro vias também indicou maior vantagem para caminhada. Em áreas com menor percentual das intersecções, entre 25% a 49% da área o OR aumentou a utilização da caminhada em 36% quando comparado ao menor percentual, o que correspondia a 0 a 24% a área com intersecções. O maior valor encontrado para esta característica foi na comparação entre 25% a 49% e 50% a 74%. Esta comparação resultou em OR de 1,38 (IC1.09-1.75) a favor da faixa de maior percentual.
Os autores concluíram que maior diversidade de área comercial e maior percentual de intersecção foi associada a mais caminhada. Além disso, alguns critérios, mas não todos, do New Urbanism Smart Scorecard podem associar-se a maior utilização da caminhada.
Referências
New Urbanism Smart Scorecard. www.cnu.org/cnu_reports/Scorecard_exp.pdf.
Boer R; Zheng Z; Overton A; Ridgeway GK; Cohen DA. Neighborhood design and walking trips in ten U.S. metropolitan areas. Am.J.Prev.Med. 2007;32(4):298-304.