
Por Mauricio dos Santos
O endotélio é a camada mais íntima dos vasos sanguineos. A disfunção endotelial esta associada a eventos de aterosclerose, pois facilita a agregação plaquetária e inibi a produção de oxido nítrico. Uma das formas de avaliar a função endotelial sistêmica é por meio da dilatação fluxo mediado (em inglês, Flow-mediated dilatation – FMD) na artéria braquial. Redução do FMD está associada com eventos ateroscleróticos coronarianos e preditor de eventos cardiovascular.
Atividade física melhora a função endotelial não só por melhorar os perfis lipídicos, redução da glicose sanguinea, concentração de fibrinogênio, redução da pressão arterial, IMC e razão cintura/quadril. O mecanismo envolvido na melhora desta função está ligada diretamente ao aumento do fluxo sanguineo nos vasos, também chamado de shear stress, que estimula a cadeia de reações para produção de oxido nítrico, um potente vasodilatador. Porém, estes efeitos sempre foram avaliados com protocolos estabelecidos de exercício e não associado com atividade física de lazer.
Portanto, o objetivo deste trabalho foi medir a associação entre AF de lazer com o FMD em adolescentes. O estudo foi conduzido na Universidade de Turku na Finlândia e contou com 483 (13 anos) adolescentes, sendo 230 meninas e 253 meninos do Special Turku Coronary Risk Factor Intevention Project For Children (STRIP). O nível de atividade física foi avaliado por um questionário auto-relatado em que freqüência, duração e intensidade da atividade física habitual eram citadas. A partir das respostas um índice de atividade física foi calculado e foram classificados em sedentários, moderadamente ativos e ativos. O FMD foi avaliado por um ultrason na artéria braquial e foi calculado o diâmetro da artéria. Para avaliar a função endotelial foi feita uma oclusão da artéria via esfignomamometro com duração de 4,5 min a 250 mmHg. O ultrason foi feito durante todo este período e 180 seg. após a liberação da obstrução. A partir deste momento foram associadas as respostas endoteliais com o nível de atividade física.
Os resultados indicaram que o diâmetro da artéria avaliada foi maior entre os ativos do que os classificados como sedentários, mas só foi encontrada esta relação entre os meninos. Outra resposta favorável foi o % de dilatação encontrada no ∆FMD mm; FMDmax% ; FMD60seg.% todos significativos e mais uma vez, só entre os meninos. Estes valores continuaram significativos mesmo quando ajustados por IMC, HDL, LDL, triglicerídeos, proteína c reativa e pressão arterial sistólica.
A provável explicação para que os resultados foram significativos somente entre os meninos é uma questão já conhecida entre nós: meninos são mais ativos do que as meninas. Além disto, o ciclo menstrual não foi avaliado e foi indicado como uma limitação do estudo.
Neste estudo, aproximadamente cada 50 MET h/sem. a mais correspondia a 1% de FMDmax. de diferença entre sedentários e ativos.
Conclusão: Atividade física de lazer foi diretamente associada com respostas de FMD em meninos com 13 anos de idade, o que prova o benefício da atividade física na camada endotelial.
Referência
Pahkala K et al. Vascular endothelial function and leisure-time activity in adolescents.Circulation 2008;118:2353-2359.
O endotélio é a camada mais íntima dos vasos sanguineos. A disfunção endotelial esta associada a eventos de aterosclerose, pois facilita a agregação plaquetária e inibi a produção de oxido nítrico. Uma das formas de avaliar a função endotelial sistêmica é por meio da dilatação fluxo mediado (em inglês, Flow-mediated dilatation – FMD) na artéria braquial. Redução do FMD está associada com eventos ateroscleróticos coronarianos e preditor de eventos cardiovascular.
Atividade física melhora a função endotelial não só por melhorar os perfis lipídicos, redução da glicose sanguinea, concentração de fibrinogênio, redução da pressão arterial, IMC e razão cintura/quadril. O mecanismo envolvido na melhora desta função está ligada diretamente ao aumento do fluxo sanguineo nos vasos, também chamado de shear stress, que estimula a cadeia de reações para produção de oxido nítrico, um potente vasodilatador. Porém, estes efeitos sempre foram avaliados com protocolos estabelecidos de exercício e não associado com atividade física de lazer.
Portanto, o objetivo deste trabalho foi medir a associação entre AF de lazer com o FMD em adolescentes. O estudo foi conduzido na Universidade de Turku na Finlândia e contou com 483 (13 anos) adolescentes, sendo 230 meninas e 253 meninos do Special Turku Coronary Risk Factor Intevention Project For Children (STRIP). O nível de atividade física foi avaliado por um questionário auto-relatado em que freqüência, duração e intensidade da atividade física habitual eram citadas. A partir das respostas um índice de atividade física foi calculado e foram classificados em sedentários, moderadamente ativos e ativos. O FMD foi avaliado por um ultrason na artéria braquial e foi calculado o diâmetro da artéria. Para avaliar a função endotelial foi feita uma oclusão da artéria via esfignomamometro com duração de 4,5 min a 250 mmHg. O ultrason foi feito durante todo este período e 180 seg. após a liberação da obstrução. A partir deste momento foram associadas as respostas endoteliais com o nível de atividade física.
Os resultados indicaram que o diâmetro da artéria avaliada foi maior entre os ativos do que os classificados como sedentários, mas só foi encontrada esta relação entre os meninos. Outra resposta favorável foi o % de dilatação encontrada no ∆FMD mm; FMDmax% ; FMD60seg.% todos significativos e mais uma vez, só entre os meninos. Estes valores continuaram significativos mesmo quando ajustados por IMC, HDL, LDL, triglicerídeos, proteína c reativa e pressão arterial sistólica.
A provável explicação para que os resultados foram significativos somente entre os meninos é uma questão já conhecida entre nós: meninos são mais ativos do que as meninas. Além disto, o ciclo menstrual não foi avaliado e foi indicado como uma limitação do estudo.
Neste estudo, aproximadamente cada 50 MET h/sem. a mais correspondia a 1% de FMDmax. de diferença entre sedentários e ativos.
Conclusão: Atividade física de lazer foi diretamente associada com respostas de FMD em meninos com 13 anos de idade, o que prova o benefício da atividade física na camada endotelial.
Referência
Pahkala K et al. Vascular endothelial function and leisure-time activity in adolescents.Circulation 2008;118:2353-2359.
Nenhum comentário:
Postar um comentário