Por Mauricio dos Santos
A hipertensão arterial (HÁ)está associada a alterações metabólicas e hormonais e também é reconhecida como um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. Segundo o DATASUS, de janeiro/2006 a março/2006 houve 2.768.540 internações, sendo 9,9% proveniente de doença cardiovascular e desta, 10,5% causada diretamente pela HÁ. O SUS gasta R$ 1.644,42 para uma internação por infarto do miocárdio, R$ 622,48 por acidente vascular encefálico, R$ 745,74 por insuficiência cardíaca e R$ 216,33 para crise hipertensiva. Em 2002 foram identificados 4,2 milhões de casos de hipertensão, ano em que o Ministério da Saúde implantou o Plano de Reorganização da Atenção a Hipertensão e Diabetes, com o objetivo de melhorar a assistência às pessoas com estas doenças. A despeito da grande variabilidade e disponibilidade dos agentes anti-hipertensivos, o tratamento farmacológico ainda apresenta baixa efetividade, principalmente devido à desinformação do paciente e aos efeitos colaterais, o que causa abandono do tratamento. Entre os tratamentos não farmacológicos o exercício físico tem se destacado por seu efeito hipotensor.
O objetivo deste estudo foi reunir informações sobre o custo do tratamento de pessoas com HÁ sob acompanhamento ambulatorial, em dois momentos distintos: doze meses antes de serem submetidas à rotina regular de exercícios físicos e doze meses após.
A pesquisa foi realizada na cidade de Bauru, São Paulo, no Núcleo de Saúde “Otavio Rasi”. Em 2003 foi criado o Programa Projeto Hipertensão, uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde e o Departamento de Educação Física da UNESP – Bauru. Este projeto atende cerca de 50 pacientes e somente 31 deles participaram da pesquisa.
A média de idade foi de 55 ± 10 anos, sendo 72% mulheres e 25,8% homens. A pressão arterial sistólica partiu de 135 ± 3 mmHg para 127 ± 2 mmHg (p<0,05) e a diastólica de 83 ± 2 mmHg para 80 ± 2 mmHg (p<0,05), nos primeiros quatro meses de intervenção, nos demais meses houver estabilização dos valores pressóricos. Entre os valores bioquímicos, somente glicemia de jejum apresentou valores significativos. Creatinina, colesterol total, LDL, VLDL, HDL triglicerídeos, hemoglobina, hematócrito, TSH, uréia, ácido úrico, cálcio, potássio, sódio e proteinúria não apresentaram valores significativos quando comparados com o início do estudo.
Os custos são apresentados para os 31 pacientes ou corrigidos para 100 pacientes para que permita estabelecer projeções.
Os resultados relacionados a consultas médicas e outros serviços mostraram redução de 28% dos custos. Exames laboratoriais uma economia de 45% e na distribuição de medicamentos ocorreu redução de 25%. No montante total houve uma economia de 35,8% em um ano de prática regular de exercícios físicos, com projeção de R$ 28.886,68/ 100 pacients.
Os autores concluem que, a implantação de programas de exercícios físicos são importantes para reduzir os gastos com pacientes em hipertensão arterial.
Referência
Rolim LMC, Amaral SL, Monteiro HL. Hipertensão e Exercício: Custos do Tratamento Ambulatorial, Antes e Após a Adoção da Prática Regular e Orientada de Condicionamento Físico. Hipertensão 2007; 10(2):54-61.
A hipertensão arterial (HÁ)está associada a alterações metabólicas e hormonais e também é reconhecida como um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. Segundo o DATASUS, de janeiro/2006 a março/2006 houve 2.768.540 internações, sendo 9,9% proveniente de doença cardiovascular e desta, 10,5% causada diretamente pela HÁ. O SUS gasta R$ 1.644,42 para uma internação por infarto do miocárdio, R$ 622,48 por acidente vascular encefálico, R$ 745,74 por insuficiência cardíaca e R$ 216,33 para crise hipertensiva. Em 2002 foram identificados 4,2 milhões de casos de hipertensão, ano em que o Ministério da Saúde implantou o Plano de Reorganização da Atenção a Hipertensão e Diabetes, com o objetivo de melhorar a assistência às pessoas com estas doenças. A despeito da grande variabilidade e disponibilidade dos agentes anti-hipertensivos, o tratamento farmacológico ainda apresenta baixa efetividade, principalmente devido à desinformação do paciente e aos efeitos colaterais, o que causa abandono do tratamento. Entre os tratamentos não farmacológicos o exercício físico tem se destacado por seu efeito hipotensor.
O objetivo deste estudo foi reunir informações sobre o custo do tratamento de pessoas com HÁ sob acompanhamento ambulatorial, em dois momentos distintos: doze meses antes de serem submetidas à rotina regular de exercícios físicos e doze meses após.
A pesquisa foi realizada na cidade de Bauru, São Paulo, no Núcleo de Saúde “Otavio Rasi”. Em 2003 foi criado o Programa Projeto Hipertensão, uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde e o Departamento de Educação Física da UNESP – Bauru. Este projeto atende cerca de 50 pacientes e somente 31 deles participaram da pesquisa.
A média de idade foi de 55 ± 10 anos, sendo 72% mulheres e 25,8% homens. A pressão arterial sistólica partiu de 135 ± 3 mmHg para 127 ± 2 mmHg (p<0,05) e a diastólica de 83 ± 2 mmHg para 80 ± 2 mmHg (p<0,05), nos primeiros quatro meses de intervenção, nos demais meses houver estabilização dos valores pressóricos. Entre os valores bioquímicos, somente glicemia de jejum apresentou valores significativos. Creatinina, colesterol total, LDL, VLDL, HDL triglicerídeos, hemoglobina, hematócrito, TSH, uréia, ácido úrico, cálcio, potássio, sódio e proteinúria não apresentaram valores significativos quando comparados com o início do estudo.
Os custos são apresentados para os 31 pacientes ou corrigidos para 100 pacientes para que permita estabelecer projeções.
Os resultados relacionados a consultas médicas e outros serviços mostraram redução de 28% dos custos. Exames laboratoriais uma economia de 45% e na distribuição de medicamentos ocorreu redução de 25%. No montante total houve uma economia de 35,8% em um ano de prática regular de exercícios físicos, com projeção de R$ 28.886,68/ 100 pacients.
Os autores concluem que, a implantação de programas de exercícios físicos são importantes para reduzir os gastos com pacientes em hipertensão arterial.
Referência
Rolim LMC, Amaral SL, Monteiro HL. Hipertensão e Exercício: Custos do Tratamento Ambulatorial, Antes e Após a Adoção da Prática Regular e Orientada de Condicionamento Físico. Hipertensão 2007; 10(2):54-61.
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