Por Prof. Mauricio dos Santos
Caros amigos e amigas, tornaram-se rotina nos noticiários e nas revistas cientificas o aumento do excesso de peso e obesidade na população mundial. Os dados realmente são alarmantes, pois mais de 1 bilhão e 300 milhões de pessoas encontram-se neste estado (Scientific American, 2007). E agora, uma pesquisa publicada no Journal of Epidemiology Communith Heathy e conduzida pela pesquisadora do Instituto de Medicina Social da Universidade do Rio de Janeiro, Roseli Gomes de Andrade e colaboradores, mostraram que no período de 10 anos, entre 1995 a 2005, ocorreu um aumento da prevalência de obesidade (IMC>30 kg/m²) entre as mulheres cariocas. Em 1995 a prevalência era de 16,6% e passou para 24% em 2005, um aumento de 29% neste período. A pesquisa avaliou 1000 mulheres com idade igual ou superior a 35 anos. Nesta mesma pesquisa, outro dado chamou atenção. A ingestão calórica também aumento passando de 2408 Kcal em 1995 para 2912 Kcal em 2005. Um aumento substancial de mais de 500 Kcal durante os 10 anos de intervalo, o que corresponde a 50 Kcal/ano. Se fossemos projetar estes valores chegaríamos em 2015 com uma ingestão calórica de 3412 Kcal, um valor acima do que foi estipulado em um estudo da Associação Internacional de Estudos da Obesidade (2003) quando analisou a ingestão alimentar na era paleolítica que chegava a 3000 Kcal diários. Este aumento da ingestão calórica entre as avaliadas foi por maior consumo de carboidratos. Um achado positivo nesta pesquisa foi que estas mesmas mulheres passaram a ingerir menor quantidade de alimentos ricos em colesterol. Esta redução entre 1995 e 2005 passou de 273 mg e 212, respectivamente.
Não obstante, como já sabemos, este maior consumo calórico aliado a uma vida sedentária são os principais eixos desta epidemia, ou melhor, pandemia. Pouco se tem feito para combater este problema de saúde pública. Um bom exemplo de incentivo ao estilo de vida ativa é o Programa Agita São Paulo que estimula a população a praticar pelo menos 30 minutos de atividade física em 5 dias da semana (se possível todos) com intensidade moderada de forma contínua ou acumulada. Este programa tem tido resultados positivos, pois a cada ano mais de 500 mil pessoas passam a caminhar e deixam o sedentarismo de lado. A recomendação para manter/reduzir peso corporal tem a mesma freqüência e modo, entretanto, a duração deve ser entre 60 – 90 minutos.
A obesidade deve ser combatida com intervenções públicas, sem dúvida, mas o maior papel é da sociedade como um todo. Vemos crianças também aumentando de peso a cada dia e alguns dias atrás, a UNIFESP, por meio da Disciplina de Nutrologia do Departamento de Pediatria, concluiu uma pesquisa com 270 pais de crianças que freqüentam berçários de creches públicas. O desfecho foi preocupante, pois 67% desses pais já tinham oferecidos alimentos industrializados antes mesmo do primeiro ano de vida da criança. Vejam que o estímulo à boa alimentação começa nos primeiros anos de vida, mas infelizmente parece que veremos um país de gordos, e pior, estimulados pelos próprios pais.
E agora para terminar.....uma pesquisa que mostra o desleixo com a saúde pública. Um artigo publicado no British Journal of Clinical Pharmacology e realizado no Reino Unido, concluiu que o número de medicamentos anti-obesidade prescritos para crianças aumentou em 15 vezes, repito 15 vezes no período entre 1999 e 2006. Pior ainda, é que estes medicamentos são de uso para adultos, o que traz maior preocupação.
As campanhas educativas e preventivas devem ser iniciadas o mais rápido possível, porque senão, daqui a poucos anos teremos uma sociedade tendo a longevidade de países de primeiro mundo, mas uma saúde tão debilitada quanto dos países africanos.
Vamos a luta!!!
Caros amigos e amigas, tornaram-se rotina nos noticiários e nas revistas cientificas o aumento do excesso de peso e obesidade na população mundial. Os dados realmente são alarmantes, pois mais de 1 bilhão e 300 milhões de pessoas encontram-se neste estado (Scientific American, 2007). E agora, uma pesquisa publicada no Journal of Epidemiology Communith Heathy e conduzida pela pesquisadora do Instituto de Medicina Social da Universidade do Rio de Janeiro, Roseli Gomes de Andrade e colaboradores, mostraram que no período de 10 anos, entre 1995 a 2005, ocorreu um aumento da prevalência de obesidade (IMC>30 kg/m²) entre as mulheres cariocas. Em 1995 a prevalência era de 16,6% e passou para 24% em 2005, um aumento de 29% neste período. A pesquisa avaliou 1000 mulheres com idade igual ou superior a 35 anos. Nesta mesma pesquisa, outro dado chamou atenção. A ingestão calórica também aumento passando de 2408 Kcal em 1995 para 2912 Kcal em 2005. Um aumento substancial de mais de 500 Kcal durante os 10 anos de intervalo, o que corresponde a 50 Kcal/ano. Se fossemos projetar estes valores chegaríamos em 2015 com uma ingestão calórica de 3412 Kcal, um valor acima do que foi estipulado em um estudo da Associação Internacional de Estudos da Obesidade (2003) quando analisou a ingestão alimentar na era paleolítica que chegava a 3000 Kcal diários. Este aumento da ingestão calórica entre as avaliadas foi por maior consumo de carboidratos. Um achado positivo nesta pesquisa foi que estas mesmas mulheres passaram a ingerir menor quantidade de alimentos ricos em colesterol. Esta redução entre 1995 e 2005 passou de 273 mg e 212, respectivamente.
Não obstante, como já sabemos, este maior consumo calórico aliado a uma vida sedentária são os principais eixos desta epidemia, ou melhor, pandemia. Pouco se tem feito para combater este problema de saúde pública. Um bom exemplo de incentivo ao estilo de vida ativa é o Programa Agita São Paulo que estimula a população a praticar pelo menos 30 minutos de atividade física em 5 dias da semana (se possível todos) com intensidade moderada de forma contínua ou acumulada. Este programa tem tido resultados positivos, pois a cada ano mais de 500 mil pessoas passam a caminhar e deixam o sedentarismo de lado. A recomendação para manter/reduzir peso corporal tem a mesma freqüência e modo, entretanto, a duração deve ser entre 60 – 90 minutos.
A obesidade deve ser combatida com intervenções públicas, sem dúvida, mas o maior papel é da sociedade como um todo. Vemos crianças também aumentando de peso a cada dia e alguns dias atrás, a UNIFESP, por meio da Disciplina de Nutrologia do Departamento de Pediatria, concluiu uma pesquisa com 270 pais de crianças que freqüentam berçários de creches públicas. O desfecho foi preocupante, pois 67% desses pais já tinham oferecidos alimentos industrializados antes mesmo do primeiro ano de vida da criança. Vejam que o estímulo à boa alimentação começa nos primeiros anos de vida, mas infelizmente parece que veremos um país de gordos, e pior, estimulados pelos próprios pais.
E agora para terminar.....uma pesquisa que mostra o desleixo com a saúde pública. Um artigo publicado no British Journal of Clinical Pharmacology e realizado no Reino Unido, concluiu que o número de medicamentos anti-obesidade prescritos para crianças aumentou em 15 vezes, repito 15 vezes no período entre 1999 e 2006. Pior ainda, é que estes medicamentos são de uso para adultos, o que traz maior preocupação.
As campanhas educativas e preventivas devem ser iniciadas o mais rápido possível, porque senão, daqui a poucos anos teremos uma sociedade tendo a longevidade de países de primeiro mundo, mas uma saúde tão debilitada quanto dos países africanos.
Vamos a luta!!!
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